quinta-feira, 7 de julho de 2016

Santa Apolonia ou Santa Apolinaria de Alexandria - 09 fevereiro


Dia 09 de fevereiro

História: Esta santa foi muito popular na idade média como padroeira dos dentes, ou melhor, contra as dores de dente e conseqüentemente dos dentistas. O que se sabe de certo sobre Apolônia é o que escreveu numa carta o bispo de Alexandria, Dionísio. Nos últimos anos de governo do imperador Felipe,o árabe (244-249), pessoalmente favorável aos cristãos, houve uma revolta popular na cidade de Alexandria, no Egito, contra os cristãos, açulada por um adivinho. O massacre que se seguiu durante a revolta ceifou muitas vidas de cristãos.

No seu furor, os pagãos não pouparam nem os mais fracos. Então escreveu o bispo: “Todos se lançaram sobre as casas dos cristãos. Cada um entra na casa daqueles que conhece na sua vizinhança. Saqueia e devasta, levando embora, nas dobras dos vestidos, todos os objetos preciosos, lançam por terra ou queimam as coisas sem valor. Dirse-ia uma cidade tomada e saqueada pelo inimigo… Os pagãos, depois, tomaram a admirável virgem Apolônia, já avançada em idade, golpearam as suas mandíbulas e lhe arrancaram os dentes.

Depois, tendo aceso o fogo de uma pira fora da cidade, ameaçaram atirá-la nela viva, se não pronunciasse juntamente com eles palavras ímpias. Ela pediu para ser deixada livre um instante. Foi atendida e saltou rapidamente no fogo e foi consumida”. O episódio teria acontecido na ano 249. Apolônia deve ter nascido no princípio do século III ou nos últimos anos do século II, porque o texto de Dionísio afirma que já era avançada em anos quando aconteceu o fato.

A sua vida tinha sido irrepreensível, digna de toda admiração. A sua conduta exemplar deve ter suscitado a ira dos pagãos. O fato de ela ter-se atirado no fogo não causou admiração nas palavras do seu bispo, mas o assunto foi muito discutido em tempos posteriores.O fato deve ter causado admiração não só nos pagãos mas também nos cristãos. O culto de Sta. Apolônia, como protetora dos dentes, foi muito difundido.

Oração: Santa Apolônia que com coragem e sofrimentos atrozes destes vossa vida para testemunhar a Cristo, que sejam lançadas também na fogueira todas as formas de injustiça, para que o mundo renascendo das cinzas, se transforme em um mundo de paz e santidade. Santa Apolônia, intercedei pelos cristãos perseguidos por muitos que não aceitavam a Jesus Cristo como o Messias Prometido. Interferi nessa grande angústia pela que passam os cristãos nos tempos atuais. Concedei-nos a vitória sobre o inimigo e a conversão desses inconscientes pecadores. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Devoção: Ao testemunho de sua fé e fidelidade a Jesus Cristo

Padroeiro: dos Dentistas
fonte:http://www.santoprotetor.com/santa-apolonia/


Apolônia e um grupo inteiro de jovens mártires não esperaram pela morte com a qual haviam sido ameaçadas, talvez para preservar sua castidade ou então porque viram-se confrontadas com a alternativa de renunciar sua fé ou serem assassinadas, voluntariamente abraçaram a morte que havia sido preparada para elas, uma atitude que perigosamente se aproxima do suicídio, segundo alguns. Agostinho de Hipona toca nesta questão sobre o suicídio no primeiro livro da De Civitate Dei (I:26):
Mas, dizem eles, durante o tempo da perseguição certas mulheres santas jogavam se às águas com a intenção de serem arrastadas pelas ondas e afogarem-se, e assim preservar sua castidade ameaçada. Apesar de elas abrirem mão de suas vidas conscientemente, mesmo assim receberam uma grande distinção como mártires da Igreja Católica e seus festejos são celebrados com grande cerimônia. Este é um tema sobre o qual eu não ouso emitir um julgamento esclarecedor. Pois eu sei, sem objeção, que a Igreja era divinamente autorizada através de revelações confiáveis a honrar desta forma a memória destes cristãos. Pode ser que seja este o caso. Mas pode também ser que não, que elas agiram desta maneira, não por um capricho humano mas sob o comando de Deus, não erroneamente, mas através da obediência, da mesma forma que supomos ocorreu com Sansão? Quando, entretanto, Deus dá um comando e o faz de forma clara, quem atribuiria a esta obediência o título de crime ou condenaria esta piedosa devoção e serviço de boa vontade?

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