segunda-feira, 15 de julho de 2013

Santa Hildegarda de Bingen - 21 novembro

Santa Hildegarda de Bingen, em alemão Hildegard von Bingen (Bermersheim vor der Höhe, verão de 1098 — Mosteiro de Rupertsberg,17 de setembro de 1179), foi uma monja beneditina, mística, teóloga, compositora, pregadora, naturalista, médica informal, poetisa, dramaturga e escritora alemão, e mestra do Mosteiro de Rupertsberg em Bingen am Rhein, na Alemanha. Foi proclamada pelo Papa Bento XVI, em carta apostólica de 7 de outubro de 2012, Douora da Igreja Universal.

Personalidade muito citada mas de fato pouco conhecida pelo grande público moderno, rompendo as barreiras dos preconceitos contra as mulheres que existiam em seu tempo, se tornou respeitada como uma autoridade em assuntos teológicos, louvada por seus contemporâneos em altos termos. Hoje é considerada uma das figuras mais singulares e importantes do século XII europeu, e suas conquistas têm poucos paralelos mesmo entre os homens mais ilustres e eruditos de sua geração. Seus vários e extensos escritos mostram que ela possuía uma concepção mística e integrada do universo, ainda que essa concepção não excluísse o realismo e encontrasse no mundo muitos problemas. A solução para eles, de acordo com suas ideias, devia advir de uma união cooperativa e harmoniosa entre corpo e espírito, entre naureza, vontade humana e graça divina. Mas não tentou inaugurar uma nova corrente de pensamento religioso; sempre permaneceu fiel à ortodoxia do Catolicismo, e combateu as heresias e a corrupção do clero. Quis acima de tudo desvelar para seus semelhantes os mistérios da religião, do cosmos, do homem e da natureza. Para ela o universo era a resposta para as dúvidas da humanidade, e a humanidade era a resposta para o enigma do universo. 

Mas, como ela escreveu, se a humanidade não fizesse a pergunta, o Espirito Santo não poderia respondê-la. Foi a primeira de uma longa série de mulheres influentes tanto na religião como na política, e um representante típico da aristocracia cultural beneditina. Orgulhosa de pertencer a uma elite social e espiritual, mostrou-se no entanto humilde e submissa a Deus.

Além de mística, teóloga e pregadora, foi poetisa e compositora talentosa, deixando obra de vulto e original. Também fez muitas observações da natureza com uma objetividade científica até então desconhecida, especialmente sobre as plantas medicinais, compilando-as em tratados onde abordou ainda vários temas ligados à medicina e ofereceu métodos de tratamento para várias doenças. Seus primeiros biógrafos a mencionaram como santa e lhe atribuíram alguns milagres, em vida e logo após a sua morte. Abriu-se um processo de canonização, mas sua causa parou na beatificação. Entretanto, em 1584, sem cerimônia oficial, seu nome foi incluído no Martirológio Romano como santa. Em 2012 o papa Bento XVI reafirmou oficialmente sua santidade e a proclamou Doutora da Igreja. Seu dia é festejado em muitas dioceses alemãs. Depois de um longo período de obscuridade, sua vida e obra vêm recebendo atenção crescente desde a segunda metade do século XX; seus escritos começaram a ser traduzidos para várias línguas, muitos livros e ensaios já lhe foram dedicados e foram feitas diversas gravações com sua música.

Santa GEMMA GALGANI - 12 abril

Gemma Maria Humberta Pia Galgani (Gemma Galgani, como é mais conhecida) é uma santa da Igreja Católica. Grande mística e uma das maiores e mais populares santas modernas da Igreja Católica.


Vida e obras

Gemma nasceu a 12 de março de 1878 em Borgo Nuovo, um vilarejo situado perto de Lucca, na Itália. Seu pai era um próspero químico e descendente do Beato Giovanni Leonardi. A mãe de Gemma era também de origem nobre. Os Galgani eram uma família católica tradicional que foi abençoada com oito filhos. Batizaram a filha como "Gemma" que, em italiano, significa jóia.

Ela foi a quinta a nascer e a primeira menina da família, desenvolveu uma atração irresistível pela oração desde muito pequena. Esse carinho pela oração lhe veio de sua piedosa mãe, que lhe ensinou fé católica. Foi ela também que lhe infundiu o amor pelo Cristo Crucificado.

Sua mãe morreu de tuberculose quando ela estava com sete anos e desde então passou a ter muito trabalho doméstico e muitos problemas pessoais e espirituais. Mas ela os suportou com paz e extraordinária paciência. Desde muito cedo experimentava fenômenos sobrenaturais como visões, êxtases, revelações, manifestações sobrenaturais miraculosas e estigmas periódicos.


Quando tinha 18 anos seu pai morreu e ela entrou para a casa de Mateo Giannini como serviçal doméstica. Ela desejava entrar para o conventodas passionistas em Lucca, no qual o seu conselheiro espiritual era o diretor, mas foi rejeitada devido sua fragilidade física, saúde precária, que incluía uma meningite espinhal, e por ter visões místicas. Mais tarde, Gemma curou-se graças a intercessão de São Gabriel da Virgem Dolorosa.

Entre 1899 e 1901 Gemma sofreu por 18 meses os estigmas da Crucificação de Cristo (stigmata), além das marcas dos espinhos e dosaçoites de Jesus. Experimentou visões de Cristo e da Virgem Maria e do seu Anjo da Guarda. Quando em êxtase, fenômenos sobrenaturais (supranormais) manifestavam-se nela, entre os quais a mudança do som de sua voz e o falar em linguagem usada na época de Cristo (aramaico), da qual não poderia ter conhecimento, visto que apenas poucos luminares em Roma foram capazes de decifrar suas visões e revelações (fenômeno conhecido como glossolalia religiosa).


Gemma faleceu em 11 de abril de 1903 e pouco depois sua devoção se difundiu. Sua popularidade aumentou em 1943 quando suas cartas para o padre Germano (seu diretor espiritual) foram publicadas.



Foi beatificada em 1933 e canonizada pelo Papa Pio XII em 1940.