sábado, 2 de janeiro de 2016

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus - 1º janeiro

1/1 – Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus  - por  prof FELIPE AQUINO

Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!

Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.

No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.
http://cleofas.com.br/11-solenidade-de-santa-maria-mae-de-deus/

Solenidade de Santa Maria Mãe de DeusA Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus

Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!

Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.

No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!
fonte:http://santo.cancaonova.com/santo/solenidade-de-santa-maria-mae-de-deus/

1º de janeiro: Dia da Confraternização Universal e da Paz

O primeiro dia do ano pelo calendário da Era Comum foi escolhido pela Organização das Nações Unidas para promover a fraternidade universal. Para todos os povos, é tempo de recomeçar

A chegada de um ano sempre desperta a expectativa pela abertura de um novo ciclo, cheio de transformações.

essa época, verbos como recomeçar, reconstruir, repensar e tantos outros “re” parecem fazer mais sentido do que no restante do tempo. Simpatias e tradições reforçam ainda mais esses significados em torno da festa: comer lentilha, pular ondas, vestir branco.

Ao brindar o recomeço, além de sorte, também são bem-vindos os desejos de paz e fraternidade.

Em 1968, o papa Paulo VI escreveu uma mensagem lançando a ideia da comemoração do Dia Mundial da Paz.

No texto, sugeria que esta não fosse uma comemoração exclusivamente católica, mas que ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”.

Ainda que desde 1981 o Dia Internacional da Paz seja comemorado em 21 de setembro, a data de 1º de janeiro é reconhecida pela ONU como o Dia da Confraternização Universal, ou seja, do diálogo e da paz entre os povos. 

Novo ciclo
A palavra francesa Reveillon significa “acordar” e era usada no século 17 para designar jantares longos e chiques realizados durante o ano.

Com o tempo, acabou popularizando-se como sinônimo da festa de passagem de ano.

A comemoração do Ano-Novo tem sua origem intimamente ligada à natureza.

Dois mil anos antes da era cristã, os antigos babilônios festejavam a entrada de um novo ciclo anual no início da primavera no hemisfério norte, que equivaleria ao dia 23 de março do calendário cristão.

Nessa época, era feita a plantação de novas safras, daí a noção de reinício, preservada até hoje.

Já os gregos celebravam o início de um novo ciclo entre 21 e 22 de dezembro, mas o ritual também representava o espírito da fertilidade.

A festa era pelo renascimento anual do deus Dionísius, a quem homenageava-se desfilando com um bebê em um cesto.

Os egípcios comemoravam o Ano-Novo quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós.

A data (16 de julho no calendário cristão) marcava o começo da enchente anual do rio Nilo.

Datas diferentes, sentidos iguais
Na China, a passagem do ano cai no fim de janeiro ou início de fevereiro, porque segue-se o calendário lunar.

Os judeus têm sua celebração de Ano-Novo no primeiro dia do mês de Tishrei, primeiro mês do calendário judaico (meados de setembro ou começo de outubro): é o Rosh Hashaná, a “festa das trombetas".

Para os islâmicos, o ano novo cai em maio, pois a contagem islâmica corresponde ao aniversário da Hégira (que em árabe significa emigração), cujo ano zero corresponde ao 622 da era cristã, ocasião em que o profeta Maomé deixou a Cidade de Meca e se estabeleceu em Medina.

Independentemente de crença ou data, o começo de um novo ciclo é um convite para que se repense e se qualifique a relação com o próximo e com o mundo. 

Fonte: Procuradoria Regional da República 4ª Região – com informações de Scritta e Themis.

SANTA MISSA NA SOLENIDADE DA MÃE DE DEUS
XLI DIA MUNDIAL DA PAZ

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Praça de São Pedro
Terça-feira, 1° de Janeiro de 2008

Queridos irmãos e irmãs!
Começamos hoje um novo ano e guia-nos pela mão a esperança cristã; iniciámo-lo invocando a bênção divina e implorando, por intercessão de Maria, Mãe de Deus, o dom da paz: para as nossas famílias, para as nossas cidades, para o mundo inteiro. Com estes votos saúdo todos vós aqui presentes começando pelos ilustres Embaixadores do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, reunidos nesta celebração por ocasião do Dia Mundial da Paz. Saúdo o Cardeal Tarcisio Bertone, meu Secretário de Estado, o Cardeal Renato Raffaele Martino e todos os componentes do Pontifício Conselho "Justiça e Paz". A eles estou particularmente grato pelo compromisso na difusão da Mensagem para o Dia Mundial da Paz, que este ano tem como tema: "Família humana, comunidade de paz".

A Paz. Na primeira Leitura, tirada do Livro dos Números, ouvimos a invocação: "Que o Senhor... te conceda a paz!" (6, 26); o Senhor conceda a paz a cada um de vós, às vossas famílias, ao mundo inteiro. Todos desejamos viver em paz, mas a paz verdadeira, a que é anunciada pelos anjos na noite de Natal, não é simples conquista do homem ou fruto de acordos políticos; é antes de tudo dom divino que se deve implorar constantemente e, ao mesmo tempo, compromisso que se deve levar em frente com paciência permanecendo sempre dóceis aos mandamentos do Senhor. Este ano, na Mensagem para este Dia Mundial da Paz, eu quis realçar a estreita relação que existe entre a família e a construção da paz no mundo. A família natural, fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, é "berço da vida e do amor" e "a primeira e insubstituível educadora para a paz". Precisamente por isso a família é "a principal "agência" de paz" e "a negação ou também a restrição dos direitos da família, obscurecendo a verdade do homem, ameaça os próprios fundamentos da paz" (cf. nn. 1-5). Dado que a humanidade é uma "grande família", se quiser viver em paz não pode deixar de se inspirar naqueles valores sobre os quais se funda e se rege a comunidade familiar. A providencial coincidência de várias celebrações estimula-nos este ano a fazer um esforço ainda mais sentido para realizar a paz no mundo. Há sessenta anos, em 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas publicou a "Declaração universal dos direitos do homem"; há quarenta anos o meu venerado Predecessor Paulo VI celebrou o primeiro Dia Mundial da Paz; além disso, este ano recordaremos o 25º aniversário da adopção por parte da Santa Sé da "Carta dos direitos da família". "À luz destas significativas celebrações retomo aqui quanto escrevi precisamente na conclusão da Mensagem convido cada homem e mulher a consciencializar-se mais lucidamente da comum pertença à única família humana e a comprometer-se para que a convivência sobre a terra reflicta cada vez mais esta convicção da qual depende a instauração de uma paz verdadeira e duradoura".

O nosso pensamento dirige-se agora naturalmente para Nossa Senhora, que hoje invocamos como Mãe de Deus. Foi o Papa Paulo VI que transferiu para o dia 1 de Janeiro a festa da Divina Maternidade de Maria, que outrora se celebrava a 11 de Outubro. De facto, antes da reforma litúrgica feita depois do Concílio Vaticano II, no primeiro dia do ano celebrava-se a memória da circuncisão de Jesus no oitavo dia do seu nascimento como sinal da submissão à lei, à sua inserção oficial no povo eleito e no domingo seguinte celebrava-se a festa do nome de Jesus. Entrevêem-se alguns vestígios destas celebrações na página evangélica que há pouco foi proclamada, na qual São Lucas narra que oito dias depois do nascimento o Menino foi circuncidado e foi-lhe dado o nome de Jesus, "indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno" (Lc 2, 21). Por conseguinte, a de hoje, além de ser uma festa mariana muito significativa, conserva também um conteúdo fortemente cristológico, porque, poderíamos afirmar, antes de dizer respeito à Mãe, refere-se precisamente ao Filho, Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

O apóstolo Paulo, na Carta aos Gálatas, faz referência ao mistério da maternidade divina, a Theotokos. "Mas, ao chegar a plenitude dos tempos escreve Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher, sujeito à Lei" (4, 4). Em poucas palavras encontramos sintetizados o mistério da encarnação do Verbo eterno e a divina maternidade de Maria: o grande privilégio da Virgem consiste precisamente em ser Mãe do Filho que é Deus. Oito dias após o Natal esta festa mariana encontra portanto a sua mais lógica e justa colocação. De facto, na noite de Belém, quando "deu à luz o seu filho primogénito" (Lc 2, 7), cumpriram-se as profecias relativas ao Messias. "A jovem concebeu e dará à luz um filho", tinha prenunciado Isaías (7, 14); "Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho", disse o Anjo Gabriel a Maria (Lc 1, 31); e ainda um anjo do Senhor narra o Evangelista Mateus aparecendo em sonhos a José, tranquilizou-o dizendo-lhe: "não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho" (Mt 1, 20-21).

O título de Mãe de Deus, juntamente com o de Santa Virgem, é o mais antigo, é também fundamento de todos os outros títulos com que Nossa Senhora foi venerada e continua a ser invocada de geração em geração, no Oriente e no Ocidente. Referem-se ao mistério da sua maternidade divina muitos hinos e orações da tradição cristã, como por exemplo uma antífona mariana da época de Natal, a Alma Redemptoris mater com a qual assim rezamos; "Tu quae genuisti, natura mirante, tuum sanctum Genitorem, Virgo prius ac posterius Tu, na maravilha de toda a criação, geraste o teu Criador, Mãe sempre virgem". Amados irmãos e irmãs, contemplamos hoje Maria, mãe sempre virgem do Filho unigénito do Pai; aprendemos dela a receber o Menino que nasceu para nós em Belém. Se no menino que ela deu à luz reconhecemos o Filho eterno de Deus e o acolhemos como o nosso único Salvador, podemos ser chamados e somo-lo realmente filhos de Deus: filhos no Filho. Escreve o Apóstolo: "Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que se encontravam sob o jugo da Lei e para que recebêssemos a adopção de filhos" (Gl 4, 4).

O evangelista Lucas repete várias vezes que Nossa Senhora meditava silenciosa sobre estes acontecimentos extraordinários nos quais Deus a tinha envolvido. Ouvimo-lo também no breve trecho evangélico que hoje a liturgia nos propõe. "Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração" (Lc 2, 19). O verbo grego usado "sumbállousa" literalmente significa "colocar junto" e faz pensar num grande mistério que deve ser descoberto pouco a pouco. O Menino que geme na manjedoura, mesmo se aparentemente é semelhante a todos os meninos do mundo, é ao mesmo tempo totalmente diferente: é o Filho de Deus, é Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Este mistério a encarnação do Verbo e a maternidade divina de Maria é grande e certamente não é de fácil compreensão unicamente com a inteligência humana.

Mas na escola de Maria podemos captar com o coração aquilo que os olhos e a mente não conseguem compreender sozinhos, nem podem conter. De facto, trata-se de um dom tão grande que só na fé nos é dado acolher mesmo sem compreender tudo. E, precisamente neste caminho de fé, Maria vem ao nosso encontro, é para nós amparo e guia. Ela é Mãe porque gerou na carne Jesus; é-o porque aderiu totalmente à vontade do Pai. Escreve Santo Agostinho: "De valor algum teria sido para ela a própria maternidade divina, se ela não tivesse levado Cristo no coração, com um destino mais afortunado de quando o concebeu na carne" (De sancta Virginitate, 3, 3). E no seu coração Maria continuou a conservar, "a ponderar" os acontecimentos seguintes dos quais será testemunha e protagonista, até à morte na cruz e à ressurreição do seu Filho Jesus.

Queridos irmãos e irmãs, só preservando no coração, isto é, ponderando e encontrando a unidade de tudo o que vivemos, podemos aprofundar, seguindo Maria, o mistério de um Deus que por amor se fez homem e nos chama a segui-lo pelo caminho do amor; amor que se deve concretizar todos os dias num serviço generoso aos irmãos. Que o novo ano, que hoje iniciamos confiantes, seja um tempo no qual progridamos naquele conhecimento do coração, que é a sabedoria dos santos. Rezemos para que, como ouvimos na primeira Leitura, o Senhor "faça resplandecer o seu rosto" sobre nós, nos "seja propício" (cf. Nm 6, 24-27) e nos abençoe. Podemos ter a certeza: se não nos cansarmos de procurar o seu rosto, se não cedermos à tentação do desencorajamento e da dúvida, se mesmo entre as muitas dificuldades que encontramos permanecermos sempre ancorados a Ele, experimentaremos o poder do seu amor e da sua misericórdia. O frágil Menino que a Virgem mostra hoje ao mundo, nos torne artífices de paz, testemunhas d'Ele, Príncipe da paz. Amém!

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