sexta-feira, 9 de maio de 2014

São Maximiliano Maria Kolbe - 14 agosto

São Maximiliano Maria Kolbe nascido Rajmund Kolbe, O.F.M. Conv. ZDUNSKA Wola (Polonia), 8 de janeiro de 1894 – Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi padre missionário franciscano da Polonia. Morreu como mártir no campo de concentração nazista de Auschwitz, como voluntário para morrer de fome no lugar de franciszek Gajowniczek como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.


Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João II, em 10 de Outubro de 1982, na presença de Franciszek, que sobreviveu aos horrores de Auschwitz. O próprio Papa, em numerosos textos, chama-o de “Santo do nosso século difícil” .

Nascimento:: 8 de janeiro de 1894, Zdunska Wola, Polonia 
Falecimeno: 14 de agosto de 1941, Auschwitz-Birkenau, Oswiecim, Polonia.

“Não esqueça o amor!” São Maximiliano
O bloco 14 era dividido em duas partes, térreo e superior, éramos em 400 prisioneiros. A situação higiênica é indescritível, um banheiro para 400 prisioneiros.

Padre Kolbe esteve no campo 77 dias, chegou dia 28 de maio 1941, era tranqüilo, um homem onde esplendia a bondade, um verdadeiro amigo. Aqueles que o conheciam sempre o ajudavam devido a sua fragilidade. Eu nunca me aproximava dele, ele sempre falava com os outros padres, a respeito da Imaculada e da Santíssima Trindade, somente os mais velhos o escutavam. A coisa mais interessante era perceber o quanto era bom.

- 29/07/1941, mais ou menos 13h00, momento pausa no trabalho e a sirene soou, deu medo, o som não era o mesmo, naquele dia entendíamos que era algo de ruim, e todos deveriam deixar o trabalho e ir para o pátio, é o momento do apelo, ou seja, o controle de prisioneiros de cada bloco. Alguns não suportavam o trabalho e morriam, mas vivo ou morto tinha que estar no momento do apelo, não podia faltar nenhum prisioneiro. Deus me permitiu estar em tantos apelos não sei como consegui. Naquele dia era apelo punitivo, somente para o nosso bloco, e nenhum outro bloco, podia nem mesmo ver pela janela se não também eram punidos.

Depoimento de Micherdzirski (Miguel) ex-prisioneiro número 1261, que esteve 04 anos no campo de concentração de Auschwitz. Foi transportado para o campo no dia 26/06/1940 com 19 anos. Deu seu testemunho no dia 08/01/2004, na Polônia em ocasião dos 110 anos do nascimento de São Maximiliano Kolbe.

- 30/07/1941 as 19h15, foi o momento que Padre Kolbe saiu da fila, do dia 29/07 ao 30/07 ficamos no pátio em pé sem comer, sem dormir, a noite era muito fria, e durante o dia muito calor. Os soldados colocavam a comida na nossa frente, e jogavam no chão, muitos não agüentavam, não tendo mais força e acabavam morrendo. Eu, Padre Kolbe e Francisco estávamos na mesma fila, na 5º ou 6° fila. Fritz andava entre as filas, e quando parava na frente de um prisioneiro significava que era seu fim, era condenado, quando Fritz se aproximou de mim, me sumiu a visão, tremia minhas pernas, meu único desejo era de viver, minha oração era “Deus não deixe ele tocar em mim”. Naquele momento não podíamos ter nenhum tipo de reação, não podia manifestar nem mesmo uma expressão, porque seria o suficiente para morrer. Quando tudo acabou foi um alivio, mas de repente se percebe que alguém sai do lugar, naquele momento o silêncio reinava, só se ouvia os passos daquele homem, Padre Kolbe. Ele calmamente se aproximou de Fritz e disse: “Quero morrer no lugar desse homem”. Em um lugar onde milhões morriam, morrer por um não significava nada.

Fritz perguntou: “Quem é o senhor?”.Calmamente Padre Kolbe responde: “Sou um Polaco sacerdote católico”. Sete milhões de prisioneiros passaram por lá, essa foi a primeira vez que Fritz chamava um prisioneiro de senhor, éramos sempre chamados de porcos, besta e outros nomes terríveis. Padre Kolbe disse simplesmente: “Porque ele tem mulher e filhos” ela salvava o valor do sacramento matrimonial e a paternidade.

O que mais impressionou, não foi o fato que ele morria por alguém, isso era normal em um lugar como aquele, mas naquele dia os Tedescos perderam a guerra, era inacreditável Fritz falar com um prisioneiro, e ter aceitado a troca, ele podia simplesmente atirar em Padre Kolbe e nos outros, ou então soltar os cachorros neles. No campo de concentração era inaceitável gesto de martírio, os Tedescos não admitiam, os prisioneiros só podiam morrer, por suas mãos. Padre kolbe morreu para salvar um único prisioneiro, mas naquele dia ele trouxe a Auchwitz a esperança e o amor.

Foram 386 horas de sofrimento, e de fome. A Imaculada fez com Padre Kolbe tudo aquilo que desejava, fez dele um grande dom. Humanamente era difícil entender aquele ato, aquele momento marcou a história de Auschwtiz, a história de cada prisioneiro, ele trouxe a cada um de nós a dignidade e a vontade de viver. "

"Padre Kolbe e os outros nove prisioneiros foram levados para o bloco 11, no Bunker da fome. Passaram-se duas semanas e os prisioneiros morriam um após o outro, mas no fim da terceira semana, ainda sobreviviam quatro, entre eles Padre Kolbe.

Para os carrascos, a morte deles estava sendo longa porque a cela (Bunker) era necessária para outras vítimas. Por isso, no dia 14 de agosto de 1941 às 12h50, da Vigília da Assunção de Maria Virgem ao céu, foi conduzido ao bunker, o carrasco Boch, um alemão, diretor da sala dos enfermos. Ele aplica no braço esquerdo de cada um, a injeção venenosa de ácido fênico. Padre Kolbe com a oração entre os lábios estende o braço ao carrasco.

Não podendo resistir aquilo que meus olhos viam, com o pretexto de ter que ir trabalhar, fui para fora. Quando os guardas e o carrasco deixaram o bunker, eu retornei: encontrei Padre Maximiliano Kolbe, sentado e apoiado no muro, com os olhos abertos e a cabeça inclinada: era a sua posição habitual. A sua face era radiante e serena.

Jesus disse: “tudo está cumprido”. Inclinando a cabeça, entrega o espírito. Talvez também Padre Kolbe tenha pronunciado essas palavras, antes de inclinar a cabeça e suspirar. No dia da Assunção da Virgem Maria ao céu, no dia 15 de agosto, o seu corpo foi queimado no forno crematório e suas cinzas foram jogadas ao vento. Em 28 de janeiro de 1942, o certificado de morte de Padre Kolbe foi levado pelo oficial central do campo de concentração ao convento de Niepokalanòw."

Testemunho de Sig. Borgowiec – Fonte: site MI Internacional

São Maximiliano Kolbe, mártir da caridade 

Maksymilian Maria Kolbe (8 de Janeiro de 1894 – 14 de Agosto de 1941), nascido em Zdunska Wola, como Rajmund Kolbe, foi um frade franciscano da Polónia que se voluntariou para morrer de fome em lugar de um pai de família no campo de concentração nazi de Auschwitz, como castigo pela fuga de um prisioneiro. É venerado pela Igreja.

Filho de uma família de operários profundamente religiosos, que lhe deram pouco conforto material, mas proporcionaram-lhe um ambiente de fé e acolhida da vontade de Deus.

Aos 13 anos, entrou no seminário dos Frades Menores Conventuais e, emitindo sua profissão religiosa, recebeu o nome de Maximiliano Maria. Concluindo os estudos preliminares, foi enviado a Roma para obter doutorado em filosofia e teologia.

Em 1917, movido por um incondicional amor a Maria, fundou o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. A milícia seria uma ferramenta nas mãos da Medianeira Imaculada para a conversão e santificação de muitos. No ano seguinte, 1918, foi ordenado sacerdote e voltou à sua pátria, onde foi designado para lecionar no Seminário Franciscano, em Cracóvia. Então, organizou o primeiro grupo da milícia fora da Itália.

Durante a Segunda Guerra Mundial deu abrigo a muitos refugiados, incluindo cerca de 2000 judeus. Em 17 de Fevereiro de 1941 é preso pela Gestap e transferido para Auschwitz em 25 de Maio como prisioneiro #16670.

Em Julho de 1941, um homem do bunker de Kolbe foge e como represália, os nazis enviam para uma cela isolada 10 outros prisioneiros para morrer de fome e sede (o prisioneiro fugitivo é mais tarde encontrado morto, afogado numa latrina).

Um dos dez lamenta-se pela família que deixa, dizendo que tinha mulher e filhos, e Kolbe pede para tomar o seu lugar. O pedido é aceite.

Na realidade, o Padre Kolbe aceitava o martírio para praticar heroicamente seu múnus sacerdotal, dando assistência religiosa e ajudando a morrer virtuosamente aqueles pobres condenados. Duas semanas depois, só quatro dos dez homens sobrevivem, incluindo Kolbe. Os nazis decidem então executá-los com uma injeção de ácido carbólico.

O corpo de Maximiliano Kolbe foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento. Numa carta, quase prevendo seu fim, escrevera: “Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”.

Ao final da Guerra, começou um movimento pela beatificação do Frei Maximiliano Maria Kolbe, que ocorreu em 17 de outubro de 1971, pelo Papa Paulo VI.

Em 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, homem cujo lugar tomou e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz, São Maximiliano foi canonizado pelo Papa João Paulo II, como mártir da caridade.

Em Julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe em frente à Abadia de Westminster em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.

Franciszek Gajowniczek
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Franciszek Gajowniczek (15 de Novembro de 190113 de Março de 19951 ) foi um sargento do exército polonês cuja vida foi poupada pelos nazistas quando Maximilian Kolbe sacrificou sua vida pela de Gajowniczek. Gajowniczek tinha sido enviado ao campo de concentração de Auschwitz por ter feito parte da resistência judaica na Polônia.

Gajowniczek e Kolbe foram prisioneiros em Auschwitz em 1941 quando, aparentemente, um prisioneiro conseguiu escapar.2 O Sub-Comandante Karl Fritzsch ordenou que outros dez presos deveriam morrer de fome como represália. Franciszek Gajowniczek foi um dos selecionados para morrer. Quando Kolbe ouviu Gajowniczek chorar, "Minha pobre esposa! Meus pobres filhos! O que eles farão?" Kolbe se orefereu para o lugar de Gajowniczek. O que exatamente disse Kolbe não se sabe, mas uma das versões diz que suas palavras foram, "Eu sou um padre católico da Polônia; Eu gostaria de tomar o seu lugar, porque ele tem mulher e filhos."3 A troca foi permitida; Kolbe morreu na cela punitiva.

Gajowniczek foi libertado de Auschwitz depois de passar cinco anos, cinco meses e nove dias no campo. Apesar de sua esposa, Helena, ter sobrevivido a guerra, seus filhos foram mortos num bombardeio soviétivo em 1945, antes de usa libertação.1

O Papa Paulo VI beatificou Maximilian Kolbe em 1971; para a ocasião, Gajowniczek foi convidado pelo Papa. Em 1972, a revista Time informou que mais de 150.000 fizeram umaperegrinação para Auschwitz para homenagear o aniversário da beatificação de Maximiliano. Um dos primeiros a falar foi Gajowniczek, que declarou: "Eu quero expressar os meus agradecimentos pelo dom da vida."4 Sua esposa, Helena, morreu em 1977.1 Gajowniczek foi novamente convidado pelo Papa quando Maximilian Kolbe foi canonizado porJoão Paulo II em 10 de Outubro de 1982.

Em 1994, Gajowniczek visitou a igreja católica de São Maximilian Kolbe em Houston, onde controu ao seu tradutor, o Capelão Thaddeus Horbowy que "enquanto ele ... tiver fôlego nos pulmões, ele considera ser seu dever dizer às pessoas sobre o ato heróico de amor por Maximiliano Kolbe." Gajowniczek morreu na cidade polonesa de Brzeg (ex "Brieg", na Silésia, Alemanha)13 de Março de 1995, pouco mais de cinquenta e três anos depois de ter sua vida poupada por Kolbe. Ele vivia com sua segunda esposa Janina.

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