sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Liturgia da Missa

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  • ritos finais

SAUDAÇÃO
PE: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T: Amém!
PE: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do pai e a comunhão do espírito santo estejam convosco.
T: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
ATO PENITENCIAL
PE: Irmãos, reconheçamos as nossas culpas para celebrar dignamente os santos mistérios.
(momento de silêncio) Confessemos os nossos pecados:
T: Confesso a Deus Todo-Poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, actos e omissões, (batendo no peito) por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor.
PE: Deus Todo-Poderoso tenha compaixão de nós perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T: Amém!
PE: Senhor, tende piedade de nós.
T: Senhor, tende piedade de nós.
PE: Cristo, tende piedade de nós.
T: Cristo, tende piedade de nós.
PE: Senhor, tende piedade de nós.
T: Senhor, tende piedade de nós.
HINO DE LOUVOR
T: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos Céus, Deus Pai Todo-Poderoso, nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças, por Vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai: Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós; Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica; Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o Santo; só Vós, o Senhor; só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo; com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém!
RITOS INICIAIS
Entrada do CelebranteVai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o orante máximo que assume a Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele é a cabeça e nós os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a Ele pra que nossa vida tenha sentido e nossa oração seja eficaz. Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.

Saudação
O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", tem um sentido bíblico. Nome em sentido bÍblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.

O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.

Ato penitencial
O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.

E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente receptivos à sua graça curativa: o Senhor nos perdoa, nos abrimos em perdão e estendemos a mão para perdoar a nós mesmos e aos outros.

Ao perdoar e receber o perdão divino, ficamos impregnados de misericórdia: somos como uma esponja seca que no mar da misericórdia começa a se embeber da graça e do amor que estão à nossa espera. É quando os fiéis em uníssono dizem: “Senhor, tende piedade de nós!”

Hino de louvor
O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a oração dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas vidas. Ele é o oleiro, nós somos a argila (Jer 18-6). Louvemos!

Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de nós mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor.

OREMOS

A oração é seguida de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça Mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.

LITURGIA DA PALAVRAApós o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se mas deve esperar o celebrante dirigir-se à cadeira. A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de Deus". A Palavra explicada, nosso compromisso com Deus, nossas súplicas e ofertas.

Primeira leituraE quando se inicia a Liturgia da Palavra, peçamos ao Espírito Santo que nos fale por intermédio dos versículos bíblicos: que as leituras sejam para nós palavras de sabedoria, discernimento, compreensão e cura.

A Primeira Leitura geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias.

Salmo responsorial

Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.

Segunda leitura

A Segunda Leitura é tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.

Canto de aclamação ao Evangelho

Terminada a Segunda Leitura, vem a Monição ao Evangelho, que é um breve comentário convidando e motivando a Assembléia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que via nos falar.

Evangelho

Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra de Deus solenemente anunciada, não pode estar "dividida" com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar.

A Palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para nosso coração.

HomiliaÉ a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. A Bíblia não é um livro de sabedoria humana, mas de inspiração divina. Jesus tinha encerrado sua missão na terra. Havia ensinado o povo e particularmente os discípulos.

Tinha morrido e ressuscitado dos mortos. Missão cumprida! Mas sua obra da Salvação não podia parar, devia continuar até o fim do mundo. Por isso Jesus passou aos Apóstolos o seu poder recebido do pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a todos os povos. O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje".

Então o sacerdote explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor. Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.

Profissão de fé

Em seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa oração professamos a fé do nosso Batismo.

A fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.

Oração da comunidade (Oração dos fiéis)Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.

E ainda de pé rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento fazemos também nossas ofertas a Deus.

LITURGIA EUCARÍSTICANa Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memória do Senhor.

Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria) mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja, a substância agora é inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho.

Procissão das oferendas

As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus. Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz apenas pão e vinho, mas no pão e no vinho, oferece a sua vida. O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.

SantoPrefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo Corações ao alto"! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.

O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.

Consagração do pão e vinho


O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras "TOMAI...

O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.

"EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.

Orações pela igreja

A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na terra, como Igreja peregrina e militante; está no purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja gloriosa e triunfante.

Entre todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou comunhão dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.

A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como "povo santo e pecador".

Por Cristo, com Cristo e em Cristo

Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembléia responde amém.

RITO DA COMUNHÃOPai nosso

Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.

O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos.

Com o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é a síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo do senhor na Eucaristia, preciso estar em "comunhão" com meus irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo.

Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante.

Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. após o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é continuação.

A pazApós o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”.

A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e todo o dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como presente de sua Ressurreição.

Que paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de nossas casas.

Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.

Fração do pão

O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.

Cordeiro de Deus

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus". Os fIéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez.

Comunhão

A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como MIstério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida eterna.

À mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual

A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.

Modo de comungar

Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungaste imediatamente, pega a Hóstia com a direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro. Ou direto na boca.

Quando a comunhão é nas duas espécies, ou seja, pão e vinho é diretamente na boca.

Pós comunhão
Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem, poderíamos dizer, abraçados. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e presente em nós!

Rito final

Seguem-se a Ação de Graças e os Ritos Finais. Despedimo-nos, e é nessa hora que começa nossa missão: a de levar Deus àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações.

Como receber a benção

É preciso valorizar mais e receber com fé a benção solene dada no final da Missa. E a Missa termina com a benção.

Qual a parte mais importante da Missa?

É justamente agora a parte mais importante da Missa, quando Ela se acaba, pois colocamos em prática tudo aquilo que ouvimos e aprendemos durante a celebração, enfim quando vivenciamos os ensinamentos de Deus Pai.
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A MISSA PARTE POR PARTE

A missa é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à missa somente para pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus. A desculpa de que rezar em casa é a mesma coisa que ir à missa é por demais pretensiosa! É querer fazer da reza particular algo melhor que a missa, que é celebrada por toda uma comunidade! Assim, vamos à missa para ouvir a Palavra do Senhor e saber o que o Pai fala e propõe para a sua família reunida. Não basta ouvir! Devemos pôr em prática a Palavra de Deus e acertarmos nossas vidas (conversão). O fato de existir pessoas que freqüentam a missa, mas não praticam a Palavra jamais deve ser motivo de desculpa para nos esquivarmos de ir à missa; afinal, quem somos nós para julgarmos alguém? Quem deve julgar é Deus! Ao invés de olharmos o que os outros fazem, devemos olhar para o que Cristo faz! É com Ele que devemos nos comparar!
A DIVISÃO DA MISSA
A missa está dividida em quatro partes bem distintas:
1.                  Ritos Iniciais
Comentário Introdutório à missa do dia, Canto de Abertura, Acolhida, Antífona de Entrada, Ato Penitencial, Hino de Louvor e Oração Coleta.
2.                  Rito da palavra
Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação ao Evangelho, Proclamação do Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração da Comunidade.
3.                  Rito Sacramental
1ª Parte - Oferendas: Canto/Procissão das Oferendas, Orai Irmãos e Irmãs, e Oração Sobre as Oferendas;
2ª Parte - Oração Eucarística: Prefácio, Santo, Consagração e Louvor Final;
3ª Parte - Comunhão: Pai Nosso, Abraço da Paz, Cordeiro de Deus, Canto/Distribuição da Comunhão, Interiorização, Antífona da Comunhão e Oração após a Comunhão.
4.                  Ritos Finais
Mensagem, Comunicados da Comunidade, Canto de Ação de Graças e Bênção Final.
POSIÇÕES DO CORPO
Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também "fala" através dos gestos e atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nos gesticulamos, expressando um louvor visível não só a Deus, mas também a todos os homens.
Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a catequese, pois nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar sobre a Palavra que está sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração sincera a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à sua vontade.
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.
1. A missa é ação de graças
A missa também pode ser chamada de eucaristia, ou seja, ação de graças. E a partir da passagem do servo de Abraão pudemos ter uma noção do que é uma oração eucarística ou de ação de graças. Pois bem, esta atitude de ação de graças recebe o nome de berakah em hebraico, que traduzindo-se para o grego originou três outras palavras: euloguia, que traduz-se por bendizer; eucharistia, que significa gratidão pelo dom recebido de graça; e exomologuia, que significa reconhecimento ou confissão.
Diante da riqueza desses significados podemos nos perguntar: quem dá graças a quem? Ou melhor, dizendo, quem dá dons, quem dá bênçãos a quem? Diante dessa pergunta podemos perceber queDeus dá graças a si mesmo, uma vez que sendo uma comunidade perfeita o Pai ama o Filho e se dá por ele e o Filho também se dá ao Pai, e deste amor surge o Espírito Santo. Por sua vez, Deus dá graças ao homem, uma vez que não se poupou nem de dar a si mesmo por nós e em resposta o homem dá graças a Deus, reconhecendo-se criatura e entregando-se ao amor de Deus. Ora, o homem também dá graças ao homem, através da doação ao próximo a exemplo de Deus. Também o homem dá graças à natureza, respeitando-a e tratando-a como criatura do mesmo Criador. O problema ecológico que atravessamos é, sobretudo, um problema eucarístico. A natureza também dá graças ao homem, se respeitada e amada. A natureza dá graças a Deus estando a serviço de seu criador a todo instante.
A partir desta visão da ação de graças começamos a perceber que a Missa não se reduz apenas a uma cerimônia realizada nas Igrejas, ao contrário, a celebração da Eucaristia é a vivência da ação de Deus em nós, sobretudo através da libertação que Ele nos trouxe em seu Filho Jesus. Cristo é a verdadeira e definitiva libertação e aliança, levando à plenitude a libertação do povo judeu do Egito e a aliança realizada aos pés do monte Sinai.
2. A missa é sacrifício
Sacrifício é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que do latim temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem é a vida, pois esta vem de Deus. Por natureza o homem é um sacerdote. Perdeu esta condição por causa do pecado. Sacrifício, então, significa o que é feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta é dom de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condição de homem reconhece-se como criatura e se entrega totalmente ao Pai, não poupando nem sua própria vida. Jesus nesse momento está representando toda a humanidade. Através de sua morte na cruz dá a chance aos homens e às mulheres de novamente orientarem suas vidas ao Pai assumindo assim sua condição de sacerdotes e sacerdotisas.
Com isso queremos tirar aquela visão negativa de que sacrifício é algo que representa a morte e a dor. Estas coisas são necessárias dentro do mistério da salvação, pois só assim o homem pode reconhecer sua fraqueza e sua condição de criatura.
3. A Missa também é Páscoa
A Páscoa foi a passagem da escravidão do Egito para a liberdade, bem como a aliança selada no monte Sinai entre Deus e o povo hebreu. E diante desses fatos o povo hebreu sempre celebrou essa passagem, através da Páscoa anual, das celebrações da Palavra aos sábados, na sinagoga e diariamente, antes de levantar-se e deitar-se, reconhecendo a experiência de Deus em suas vidas e louvando a Deus pelas experiências pascais vividas ao longo do dia. O povo judeu vivia em atitude de ação de graças, vivendo a todo instante a Páscoa em suas vidas.
RITOS INICIAIS
Instrução Geral ao Missal Romano, n.º 24:
“Os ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico de entrada, saudação, ato penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”.

1. Comentário Inicial
Este tem por fim introduzir os fiéis ao mistério celebrado. Sua posição correta seria após a saudação do padre, pois ao nos encontrarmos com uma pessoa primeiro a saudamos para depois iniciarmos qualquer atividade com ela.

2. Canto de Entrada
“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”(IGMR n.25)
Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:
a) O canto
Durante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da música participamos da missa cantando. A música não é simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebração: a música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da participação de toda assembléia durante os cantos.
b) A procissão
O povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.
c) O beijo no altar
Durante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o altar, que representa Cristo, em sinal de carinho e reverência por tão sublime lugar.
Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o altar, pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las.
3. Saudação
a) Sinal da Cruz
O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade.
b) Saudação
Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembléia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas também é encontro com os irmãos.
4. Ato Penitencial
Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda assembléia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso a Deus Todo-Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedirmos para sermos purificados.
Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao ato penitencial. Este se dá após a absolvição do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser um erro omiti-lo após o ato penitencial quando este é cantando.

5. Hino de Louvor
Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a assembléia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento - e em celebrações especiais, de caráter mais solene. Pode ser cantado, desde que mantenha a letra original e na íntegra.

6. Oração da Coleta
Encerra o rito de entrada e introduz a assembléia na celebração do dia.
“Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR 32).
Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e finalidade.

O RITO DA PALAVRA
O Rito da Palavra é a segunda parte da missa, e também a segunda mais importante, ficando atrás, somente do Rito Sacramental, que é o auge de toda celebração.
Iniciamos esta parte sentados, numa posição cômoda que facilita a instrução. Normalmente são feitas três leituras extraídas da Bíblia: em geral um texto do Antigo Testamento, um texto epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo, respectivamente. Isto, porém, não significa que será sempre assim; às vezes a 1ª leitura cede espaço para um outro texto do Novo Testamento, como o Apocalipse, e a 2ª leitura, para um texto extraído dos Atos dos Apóstolos; é raro acontecer, mas acontece... Fixo mesmo, apenas o Evangelho, que será extraído do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João.

1.Primeira Leitura
Como já dissemos, a primeira leitura costuma a ser extraída do Antigo Testamento.
Isto é feito para demonstrar que já o Antigo Testamento previa a vinda de Jesus e que Ele mesmo o cumpriu (cf. Mt 5,17). De fato, não poucas vezes os evangelistas citam passagens do Antigo Testamento, principalmente dos profetas, provando que Jesus era o Messias que estava para vir.
O leitor deve ler o texto com calma e de forma clara. Por esse motivo, não é recomendável escolher os leitores poucos instantes antes do início da missa, principalmente pessoas que não têm o costume de freqüentar aquela comunidade. Quando isso acontece e o "leitor", na hora da leitura, começa a gaguejar, a cometer erros de leitura e de português, podemos ter a certeza de que, quando ele disser: "Palavra do Senhor", a resposta da comunidade, "Graças a Deus", não se referirá aos frutos rendidos pela leitura, mas sim pelo alívio do término de tamanha catástrofe!
Ora, se a fé vem pelo ouvido, como declara o Apóstolo, certamente o leitor deve ser uma pessoa preparada para exercer esse ministério; assim, é interessante que a Equipe de Celebração seja formada, também, por leitores "profissionais", ou seja, especial e previamente selecionados.

2.Salmo Responsorial
O Salmo Responsorial também é retirado da Bíblia, quase sempre (em 99% dos casos) do livro dos Salmos. Muitas comunidades recitam-no, mas o correto mesmo é cantá-lo... Por isso uma ou outra comunidade possui, além do cantor, um salmista, já que muitas vezes o salmo exige uma certa criatividade e espontaneidade, uma vez que as traduções do hebraico (ou grego) para o português nem sempre conseguem manter a métrica ou a beleza do original.
Assim, quando cantado, acaba lembrando um pouco o canto gregoriano e, em virtude da dificuldade que exige para sua execução, acaba sendo simplesmente - como já dissemos - recitado (perdendo mais ainda sua beleza).
  
3.Segunda Leitura
Da mesma forma como a primeira leitura tem como costume usar textos do Antigo Testamento, a segunda leitura tem como característica extrair textos do Novo Testamento, das cartas escritas pelos apóstolos (Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas), mais notadamente as escritas por São Paulo.
Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar o vivo ensinamento dos Apóstolos dirigido às comunidades cristãs.
A segunda leitura deve ser encerrada de modo idêntico ao da primeira leitura, com o leitor exclamando: "Palavra do Senhor!" e a comunidade respondendo com: "Graças a Deus!".

4.Canto De Aclamação Ao Evangelho
Feito o comentário ao Evangelho, a assembléia a se põe de pé, para aclamar as palavras de Jesus. O Canto de Aclamação tem como característica distintiva a palavra "Aleluia", um termo hebraico que significa "louvai o Senhor". Na verdade, estamos felizes em poder ouvir as palavras de Jesus e estamos saudando-O como fizeram as multidões quando Ele adentrou Jerusalém no domingo de Ramos.
Percebemos, assim, que o Canto de Aclamação, da mesma forma que o Hino de Louvor, não pode ser cantado sem alegria, sem vida. Seria como se não confiássemos Naquele que dá a vida e que vem até nós para pregar a palavra da Salvação. O Canto deve ser tirado do lecionário, pois se identifica com a leitura do dia, por isso não se pode colocar qualquer música como aclamação, não basta que tenha a palavra aleluia.
Comprovando este nosso ponto de vista está o fato de que durante o tempo da Quaresma e do Advento, tempos de preparação para a alegria maior, também a palavra "Aleluia" não aparece no Canto de Aclamação ao Evangelho.

5.Evangelho
Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote ou o diácono (depende de quem for ler o texto), incensará a Bíblia e, logo a seguir, iniciará a leitura do texto.
O texto do Evangelho é sempre retirado dos livros canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, e jamais pode ser omitido. É falta gravíssima não proceder a leitura do Evangelho ou substituí-lo pela leitura de qualquer outro texto, inclusive bíblico.
Ao encerrar a leitura do Evangelho, o sacerdote ou diácono profere a expressão: "Palavra da Salvação!" e toda a comunidade glorifica ao Senhor, dizendo: "Glória a vós, Senhor!". Neste momento, o sacerdote ou diácono, em sinal de veneração à Palavra de Deus, beija a Bíblia (rezando em silêncio: "Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados") e todo o povo pode voltar a se sentar.

6.Homilia
A homilia nos recorda o Sermão da Montanha, quando Jesus subiu o Monte das Oliveiras para ensinar todo o povo reunido. Observe-se que o altar já se encontra, em relação aos bancos onde estão os fiéis, em ponto mais alto, aludindo claramente a esse episódio.
Da mesma forma como Jesus ensinava com autoridade, após sua ascensão, a Igreja recebeu a incumbência de pregar a todos os povos e ensinar-lhes a observar tudo aquilo que Cristo pregou. A autoridade de Cristo foi, portanto, passada à Igreja.
A homilia é o momento em que o sacerdote, como homem de Deus, traz para o presente aquela palavra pregada por Cristo há dois mil anos. Neste momento, devemos dar ouvidos aos ensinamentos do sacerdote, que são os mesmos ensinamentos de Cristo, pois foi o próprio Cristo que disse: "Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16). Logo, toda a comunidade deve prestar atenção às palavras do sacerdote.
A homilia é obrigatória aos domingos e nas solenidades da Igreja. Nos demais dias, ela também é recomendável, mas não obrigatória.

7.Profissão De Fé (Credo)
Encerrada a homilia, todos ficam de pé para recitar o Credo. Este nada mais é do que um resumo da fé católica, que nos distingue das demais religiões. É como que um juramento público, como nos lembra o PE Luiz Cechinatto.
Embora existam outros Credos católicos, expressando uma única e mesma verdade de fé, durante a missa costuma-se a recitar o Símbolo dos Apóstolos, oriundo do séc. I, ou o Símbolo Niceno-Constantinopolitano, do séc. IV. O primeiro é mais curto, mais simples; o segundo, redigido para eliminar certas heresias a respeito da divindade de Cristo, é mais longo, mais completo. Na prática, usa-se o segundo nas grandes solenidades da Igreja.
8.Oração Da Comunidade
A Oração da Comunidade ou Oração dos Fiéis, como também é conhecida, marca o último ato do Rito da Palavra. Nela toda a comunidade apresenta suas súplicas ao Senhor e intercede por todos os homens.
Alguns pedidos não devem ser esquecidos pela comunidade:
 
o                                            As necessidades da Igreja.
o                                            As autoridades públicas.
o                                            Os doentes, abandonados e desempregados.
o                                            A paz e a salvação do mundo inteiro.
o                                            As necessidades da Comunidade Local
A introdução e o encerramento da Oração da Comunidade devem ser feitas pelo sacerdote. Quando possível, devem ser feitos espontaneamente. As preces podem ser feitas pelo comentarista, mas o ideal é que sejam feitas pela equipe de Liturgia, ou ainda pelos próprios fiéis. Cada prece deve terminar com expressões como: "Rezemos ao Senhor", entre outras, para que a comunidade possa responder com: "Senhor, escutai a nossa prece" ou "Ouvi-nos, Senhor”
Quando o sacerdote conclui a Oração da Comunidade, dizendo, por exemplo: "Atendei-nos, ó Deus, em vosso amor de Pai, pois vos pedimos em nome de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso”. a assembléia encerra com um: "Amém!".
RITO SACRAMENTAL
 Na liturgia eucarística atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim de trazer à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai, por Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para nossas vidas.
É durante a liturgia eucarística que podemos entender a missa como uma ceia, pois afinal de contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma: temos a mesa - mais propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e o vinho, ou seja, o alimento sólido e líquido presentes em qualquer ceia. Tudo conforme o espírito da ceia pascal judaica, em que Cristo instituiu a eucaristia.
E de fato, a Eucaristia no início da Igreja era celebrada em uma ceia fraterna. Porém foram ocorrendo alguns abusos, como Paulo os sinaliza na Primeira Carta aos Coríntios. Aos poucos foi sendo inserida a celebração da palavra de Deus antes da ceia fraterna e da consagração. Já no século II a liturgia da Missa apresentava o esquema que possui hoje em dia.
Após essa lembrança de que a Missa também é uma ceia, podemos nos questionar sobre o sentido de uma ceia, desde o cafezinho oferecido ao visitante até o mais requintado jantar diplomático. Uma ceia significa, entre outros: festa, encontro, união, amor, comunhão, comemoração, homenagem, amizade, presença, confraternização, diálogo, ou seja, vida. Aplicando esses aspectos a Missa, entenderemos o seu significado, principalmente quando vemos que é o próprio Deus que se dá em alimento. Vemos que a Missa também é um convívio no Senhor.
A liturgia eucarística divide-se em: apresentação das oferendas, oração eucarística e rito da comunhão.
1. Apresentação das Oferendas
 Apesar de conhecida como ofertório, esta parte da Missa é apenas uma apresentação dos dons que serão ofertados junto com o Cristo durante a consagração. Devido ao fato de maioria das Missas essa parte ser cantada não podemos ver o que acontece durante esse momento. Conhecendo esses aspectos poderemos dar mais sentido à celebração.
Analisemos inicialmente os elementos do ofertório: o pão o vinho e a água. O que significam? De fato foram os elementos utilizados por Cristo na última ceia, mas eles possuem todo um significado especial:
1) o pão e o vinho representam a vida do homem, o que ele é, uma vez que ninguém vive sem comer nem beber;
2) representam também o que o homem faz, pois ninguém vai à roça colher pão nem na fonte buscar vinho;
3) em Cristo o pão e o vinho adquirem um novo significado, tornando-se o Corpo e o Sangue de Cristo. Como podemos ver, o que o homem é, e o que o homem faz adquirem um novo sentido em Jesus Cristo.
E a água? Durante a apresentação das oferendas, o sacerdote mergulha algumas gotas de água no vinho. E o porquê disso? Sabemos que no tempo de Jesus os judeus bebiam vinho diluído em um pouco de água, e certamente Cristo também devia fazê-lo, pois era verdadeiramente homem. Por outro lado, a água quando misturada ao vinho adquire a cor e o sabor deste. Ora, as gotas de água representam a humanidade que se transforma quando diluída em Cristo.

Os tempos da preparação das oferendas:
a) Preparação do altar
“Em primeiro lugar prepara-se o altar ou a mesa do Senhor, que é o centro de toda liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o cálice e o missal, a não ser que se prepare na credência”(IGMR 49).
b) Procissão das oferendas
Neste momento, trazem-se os dons em forma de procissão. Lembrando que o pão e o vinho representam o que é o homem e o que ele faz, esta procissão deve revestir-se do sentimento de doação, ao invés de ser apenas uma entrega da água e do vinho ao sacerdote.
c) Apresentação das oferendas a Deus
O sacerdote apresenta a Deus as oferendas através da fórmula: Bendito sejais... e o povo aclama: Bendito seja Deus para sempre! Este momento passa despercebido da maioria das pessoas devido ao canto do ofertório. O ideal seria que todo o povo participasse desse momento, sendo o canto usado apenas durante a procissão e a coleta fosse feita sem as pessoas saírem de seus locais. O canto não é proibido, mas deve procurar durar exatamente o tempo da apresentação das oferendas, para que o sacerdote não fique esperando para dar prosseguimento à celebração.
d) A coleta do ofertório
Já nas sinagogas hebraicas, após a celebração da Palavra de Deus, as pessoas costumavam deixar alguma oferta para auxiliar as pessoas pobres. E de fato, este momento do ofertório só tem sentido se reflete nossa atitude interior de dispormos os nossos dons em favor do próximo. Aqui, o que importa não é a quantidade, mas sim o nosso desejo de assim como Cristo, nos darmos pelo próximo. Representa o nosso desejo de aos poucos, deixarmos de celebrar a eucaristia para nos tornarmos eucaristia.
e) O lavar as mãos
Após o sacerdote apresentar as oferendas ele lava suas mãos. Antigamente, quando as pessoas traziam os elementos da celebração de suas casas, este gesto tinha caráter utilitário, pois após pegar os produtos do campo era necessário que lavasse as mãos. Hoje em dia este gesto representa a atitude, por parte do sacerdote, de tornar-se puro para celebrar dignamente a eucaristia.
f) O Orai Irmãos...
Agora o sacerdote convida toda assembléia a unir suas orações à ação de graças do sacerdote.
g) Oração sobre as Oferendas
Esta oração coleta os motivos da ação de graças e lança no que segue, ou seja, a oração eucarística. Sempre muito rica, deve ser acompanhada com muita atenção e confirmada com o nosso amém!
2. A Oração Eucarística
 É na oração eucarística em que atingimos o ponto alto da celebração. Nela, através de Cristo que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa salvação:
“A oração eucarística é o centro e ápice de toda celebração, é prece de ação de graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e na ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai por Jesus Cristo em nome de toda comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembléia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício” (IGMR 54).
a) Prefácio
Após o diálogo introdutório, o prefácio possui a função de introduzir a assembléia na grande ação de graças que se dá a partir deste ponto. Existem inúmeros prefácios, abordando sobre os mais diversos temas: a vida dos santos, Nossa Senhora, Páscoa etc.
b) O Santo
É a primeira grande aclamação da assembléia a Deus Pai em Jesus Cristo. O correto é que seja sempre cantado, levando-se em conta a maior fidelidade possível à letra da oração original.
c) A invocação do Espírito Santo
Através dele Cristo realizou sua ação quando presente na história e a realiza nos tempos atuais. A Igreja nasce do espírito Santo, que transforma o pão e o vinho. A Igreja tem sua força na Eucaristia.
d) A consagração
Deve ser toda acompanhada por nós. É reprovável o hábito de permanecer-se de cabeça baixa durante esse momento. Reprovável ainda é qualquer tipo de manifestação quando o sacerdote ergue a hóstia, pois este é um momento sublime e de profunda adoração. Nesse momento o mistério do amor do Pai é renovado em nós. Cristo dá-se por nós ao Pai trazendo graças para nossos corações. Daí ser esse um momento de profundo silêncio.
e) Preces e intercessões
Reconhecendo a ação de Cristo pelo Espírito Santo em nós, a Igreja pede a graça de abrir-se a ela, tornando-se uma só unidade. Pede para que o papa e seus auxiliares sejam capazes de levar o Espírito Santo a todos. Pede pelos fiéis que já se foram e pede a graça de, a exemplo de Nossa Senhora e dos santos, os fiéis possam chegar ao Reino para todos preparados pelo Pai.
f) Doxologia Final
É uma espécie de resumo de toda a oração eucarística, em que o sacerdote tendo o Corpo e Sangue de Cristo em suas mãos louva ao Pai e toda assembléia responde com um grande “amém”, que confirma tudo aquilo que ela viveu. O sacerdote a diz sozinho.
3. Rito da Comunhão
 A oração eucarística representa a dimensão vertical da Missa, em que nos unimos plenamente a Deus em Cristo. Após alcançarmos a comunhão com Deus Pai, o desencadeamento natural dos fatos é o encontro com os irmãos, uma vez que Cristo é único e é tudo em todos. Este é o momento horizontal da Missa. Tem também esse momento o intuito de preparar-nos ao banquete eucarístico.
a) O Pai-Nosso
É o desfecho natural da oração eucarística. Uma vez que unidos a Cristo e por ele reconciliados com Deus, nada mais oportuno do que dizer: Pai nosso... Esta oração deve ser rezada em grande exaltação, se for cantada, deve seguir exatamente as palavras ditas por Cristo, quando as ensinou aos discípulos. Após o Pai Nosso segue o seu embolismo, ou seja, a continuação do último pensamento da oração. Segue aqui uma observação: o único local em que não dizemos “amém” ao final do Pai Nosso é na Missa, dada a continuidade da oração expressa no embolismo.
b) Oração pela paz
Uma vez reconciliados em Cristo, pedimos que a paz se estenda a todas as pessoas, presentes ou não, para que possam viver em plenitude o mistério de Cristo. Pede-se também a Paz para a Igreja, para que, desse modo, possa continuar sua missão. Esta oração é rezada somente pelo sacerdote.
c) O cumprimento da Paz
É um gesto simbólico, uma saudação pascal.  Por ser um gesto simbólico não há a necessidade em sair do local para cumprimentar a todos na Igreja. Se todos tivessem em mente o simbolismo expresso nesse momento não seria necessária a dispersão que o caracteriza na maioria dos casos. Também não é permitido que se cante durante esse momento, uma vez que deveria durar pouco tempo.
d) O Cordeiro de Deus
O sacerdote e a assembléia se preparam em silêncio para a comunhão. Neste momento o padre mergulha um pedaço do pão no vinho, representando a união de Cristo presente por inteiro nas duas espécies. A seguir todos reconhecem sua pequenez diante de Cristo e como o Centurião exclamam: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo. Cristo não nos dá apenas sua palavra, mas dá-se por amor a cada um de nós.
e) A comunhão
Durante esse momento a assembléia dirige-se à mesa eucarística. O canto deve procurar ser um canto de louvor moderado, salientando a doação de Cristo por nós. A comunhão pode ser recebida nas mãos ou na boca, tendo o cuidado de, no primeiro caso, a mão que recebe a hóstia não ser a mesma que a leva a boca. Aqueles que por um motivo ou outro não comungam, por não se encontrarem devidamente preparados (estado de graça santificante) é importante que façam desse momento também um momento de encontro com o Cristo, no que chamamos de Comunhão Espiritual. Após a comunhão segue-se a ação de graças, que pode ser feita em forma de um canto ou pelo silêncio, que dentro da liturgia possui sua linguagem importantíssima. O que não pode é esse momento ser esquecido ou utilizado para conversar com quem está ao nosso lado.
f) Oração após a comunhão
Infelizmente criou-se o mau costume em nossas assembléias de se fazer essa oração após os avisos, como uma espécie de convite apressado para se ir embora. Esta oração liga-se ainda a liturgia eucarística, e é o seu fechamento, pedindo a Deus as graças necessárias para se viver no dia-a-dia tudo que se manifestou perante a assembléia durante a celebração.
RITOS FINAIS
 “O rito de encerramento da Missa consta fundamentalmente de três elementos: a saudação do sacerdote, a bênção, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra forma mais solene, e a própria despedida, em que se despede a assembléia, afim de que todos voltem ás suas atividades louvando e bendizendo o Senhor com suas boas obras” (IGMR 57).
a)Saudação
Para muitos, este momento é um alívio, está cumprido o preceito dominical. Mas para outros, esta parte é o envio, é o início da transformação do compromisso assumido na Missa em gestos e atitudes concretas. Ouvimos a Palavra de Deus e a aceitamos em nossas vidas. Revivemos a Páscoa de Cristo, assumindo também nós esta passagem da morte para a vida e unimo-nos ao sacrifício de Cristo ao reconhecer nossa vida como dom de Deus e orientando-a em sua direção.
b)Avisos
Sem demais delongas, este momento é o oportuno para dar-se avisos à comunidade, bem como para as últimas orientações do presidente da celebração.
c)Benção Final
Após, segue-se a bênção do sacerdote e a despedida. Para alguns liturgistas, esse momento é um momento de envio, pois o sacerdote abençoa os fiéis para que estes saiam pelo mundo louvando a Deus com palavras e gestos, contribuindo assim para sua transformação. Vejamos o porquê disso.
d)Despedida
Passando a despedida para o latim ela soa da seguinte forma: “Ite, Missa est”. Traduzindo-se para o português, soa algo como “Ide, tendes uma bênção e uma missão a cumprir”, pois em latim, missa significa missão ou demissão, como também pode significar bênção. Nesse sentido, eucaristia significa bênção, o que não deixa de ser uma realidade, já que através da doação de seu Filho, Deus abençoa toda a humanidade. De posse desta boa-graça dada pelo Pai, os cristãos são re-enviados ao mundo para que se tornem eucaristia, fonte de bênçãos para o próximo. Desse modo a Missa reassume todo seu significado.
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS CÂNTICOS LITÚRGICOS
Não é qualquer canto que se escolhe para as celebrações. Existem cantos litúrgicos (para as missas) e cantos mensagem (para outras ocasiões, encontros, etc...). As características do Canto litúrgico são:
1.      Conteúdo ou inspiração bíblica;
2.      Qualquer salmo cantado é litúrgico;
3.      Deve ter melodia fácil;
4.      Todos os cânticos litúrgicos são personalizados (ritmo próprio, letra própria e momento próprio);
5.      Ter cuidado com as músicas destinadas às partes fixas da Celebração (Glória, Santo, Pai Nosso, Cordeiro), pois cada um tem o seu conteúdo próprio e isto é da Tradição da Igreja.
As características a serem levadas em consideração são:
1. Canto de entrada:
Letra: Deve ser um convite à celebração! Deve falar do motivo da celebração.
Música: De ritmo alegre, festivo, que expresse a abertura da celebração.
2. Canto penitencial:
De cunho introspectivo, a ser cantado com expressão de piedade. Deve expressar confiança no perdão de Deus.
Letra: Deve conter um pedido de perdão, sem necessariamente seguir a fórmula do Missal.
Música: Lenta, que leve à introspecção. Sejam usados especialmente instrumentos mais suaves.
3. Canto do glória:
Letra: O texto deve seguir o conteúdo próprio da Tradição da Igreja.
Música: Festiva, de louvor a Deus. Podem ser usados vários instrumentos.
4. Salmo Responsorial:
Letra: Faz parte integrante da liturgia da palavra: tem que ser um salmo. Deve ser cantado, revezando solo e povo, ou, ao menos o refrão. Pode ser trocado pelo próprio salmo cantado, porém nunca por um canto de meditação.
Letra: Salmo próprio do dia
Música: Mais suave. Instrumentos mais doces.
5. Aclamação ao Evangelho:
Letra: Tem que ter ALELUIA (louvor a Javé), exceto na Quaresma. É um convite para ouvir; é o anúncio da Palavra de Jesus. Deve ser curto, e tirado do lecionário, próprio do dia.
Música: De ritmo vibrante, alegra, festivo e acolhedor. Podem ser usados outros instrumentos.
6. Canto das oferendas:
É um canto facultativo. A equipe decide e combina com o padre. Caso não seja cantado, é oportuno um fundo musical (exceto Advento e Quaresma), até que as ofertas cheguem até o altar, cessando então, para que se ouça as orações de oferecimento que o padre rezará, então, em voz alta.
Letra: Não é tão necessário que se fale de pão e vinho. Pode falar do oferecimento da vida, etc...
Música: Melodia calma, suave. Uso de instrumentos suaves.
7. Santo:
É um canto vibrante por natureza.
Letra: Se possível seguir o texto original, indicado pela Tradição da Igreja.
Música: Que os instrumentos expressem a exultação desse momento e a santidade “Tremenda de Deus”. Deve ser sempre cantado.
8. Doxologia: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”
É uma hora muito importante e solene. É o verdadeiro e próprio ofertório da missa. É cantado apenas pelo Sacerdote. O AMÉM conclusivo, aí sim cantado pelo povo é o mais importante da Missa e deve ser cantado ao menos aos finais de semana.
9.      Pai-Nosso:
Pode ser cantado, mas desde que com as mesmas e exatas palavras da oração. Não de diz o Amém, mesmo quando cantado.
10. Cordeiro de Deus:
Pode ser cantado com melodia não muito rápida e sempre com as mesmas palavras da oração.
11. Canto de Comunhão:
É um canto processional, para se cantar andando.
Letra: Preferência que tenha sintonia com o Evangelho e que seja “Eucarística”.
Música: Processional, toada, balada, etc...
12. Ação de Graças:
Se for o caso, se canta dando graças, louvando e agradecendo o encontro com o Senhor e com os Irmãos. No entanto, que se tenha tempo de silêncio profundo e de adoração e intimidade com o Senhor. Instrumentos mais doces e melodia lenta e que leve a adoração.
13. Canto final:
É para ser cantado após a Bênção Final, enquanto o povo se retira da Igreja: é o canto de despedida.
Letra: Deve conter uma mensagem que levaremos para a vida, se possível, referente ao Evangelho do dia.
Música: Alegre, vibrante. Podem ser usados outros instrumentos.
O USO DO INCENSO NA MISSA
A incensação pode ter os seguintes significados:
1. Sagração das oblatas à imitação dos sacrifícios do AT;
2. Uma oferta simbólica das orações da Igreja;
3. Na Incensação das pessoas, vê-se uma participação coletiva nos dons;
4. Símbolo de respeito e de veneração para com os dons;
5. Símbolo da Graça, o bom odor de Cristo, que d’Ele chega aos fiéis pelo ministério do Sacerdote;
Usa-se o incenso na Liturgia da Missa nos seguintes momentos:
1.      Ritos Iniciais: Na entrada à frente da Cruz processional e para a incensação do Altar e da Cruz;
2.      Rito da Palavra: À frente na procissão do Evangelho e na proclamação do mesmo;
3.      Rito Sacramental: Na incensação das Oferendas e do Altar e da Cruz, na incensação da Igreja(Celebrante e Povo), e na Consagração;
A palavra "liturgia" é uma palavra da língua grega: LEITURGUIA de leiton-érgon que significa "ação do povo", "serviço da parte do povo e em favor do povo". Na tradição cristã, ele quer significar que o povo de Deus torna parte na "obra de Deus". Pela Liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.
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  • Introdução
  • Primeira parte: O sacramento da Eucaristia
    • § 1º Do que é a Santíssima Eucaristia e da presença real de Jesus Cristo neste Sacramento
  • Segunda parte: Do Santo Sacrificio da Missa
    • § 1º Da essência, da instituição e dos fins do Santo Sacrificio da Missa
  • Terceira parte: O conhecimento e a compreensão das orações e cerimônias da Santa Missa
  1. Que paralelo podemos fazer entre o Cenáculo e a Santa Missa? Podemos estabelecer o seguinte paralelo:

    Cenáculo     
     Santa Missa
     Jesus dirige-se ao Cenáculo: acompanhado dos seus apóstolos, chega ao Cenáculo, onde estava preparada a mesa do sacrifício e da comunhão. O sacerdote dirige-se ao altar, precedido dos seus ministros, onde tudo está disposto para o sacrifício da Santa Missa.
     Jesus deixa a mesa depois da ceia prescrita pela Lei, humilha-se ao lavar os pés dos apóstolos e os manda que se lavem mutuamente, voltando, depois, a ocupar o seu lugar à mesa. O sacerdote desce ao pé do altar, mesmo puro de faltas graves, para lavar-se e purificar-se das faltas mais leves. Por isso o sacerdote faz a confissão mútua com os assistentes, subindo depois ao altar.
    Jesus senta-se à mesa eucarristica: instrui seus apóstolos e lhes dá o resumo de sua doutrina, dizendo: “ Eu vos dei o exemplo para que façais como eu fiz” (Jo. 13).O sacerdote faz no altar a instrução pública e preparatória, com o objetivo de explanar estes dizeres profundos de S. Justino: “ Só pode participar da eucaristia aquele que crê que nossa doutrina é verdadeira, que recebeu a remissão dos pecados e que vive como Jesus ensina” (Apologia, 2).
     Jesus toma o pão e o vinho num cálice, e os abençoa. O sacerdote toma o pão e o vinho num cálice: eis a oblação, as orações e bênçãos que a acompanham.
    Jesus deu graças, elevando os olhos aos céus: embora os evangelistas não registrem as palavras de que Jesus se serviu nesta ação de graças, sabemos pela Tradição que Ele enumerou os benefícios da criação, da providência e da redenção, que iriam se concentrar nesta vítima adorável; depois o Senhor partiu o pão e o deu aos seus discípulos dizendo: “ Isto é o meu corpo”; em seguida os deu também o cálice, dizendo: “ Isto é o meu sangue”. Eis a fórmula da consagração. É a comunhão no Cenáculo. O sacerdote emprega as mesmas palavras e gestos no Cânon da Missa, repetindo a fórmula da consagração: É a comunhão na Santa Missa.
     Jesus pronuncia um hino de ação de graças O sacerdote termina o Santo Sacrifício da Missa com a ação de graças.
  2. O que fizeram Jesus e os apóstolos após a Ceia? Os apóstolos saíram do Cenáculo com o seu Mestre, e se dirigiram ao Horto das Oliveiras, para serem testemunhas da renovação e da consumação do grande sacrifício da Cruz, da mesma forma que o sacerdote se dirige ao santuário, subindo ao altar.
     
  3. Que paralelo podemos estabelecer entre a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e a Santa Missa?Podemos estabelecer o seguinte paralelo:

    Cenas da Paixão, Morte e Ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo
    Cenas da Missa
    Jesus ora no Horto, com o rosto prostrado na terra em agonia.O sacerdote, ao pé do altar, recita o Confiteor, em humilde postura.
    Jesus, amarrado, sobe a Jerusalém.O sacerdote,  cingido com todos os paramentos, sobe ao altar.
    Jesus foi, de tribunal em tribunal, instruindo o povo, seus acusadores e seus juizes.O sacerdote vai de um ao outro lado do altar, para multiplicar e  difundir a  instrução preparatória.
    Jesus   Cristo, assim que sentenciado e despojado de suas roupas, oferece seu corpo à flagelação, prelúdio da sua execução e morte.O sacerdote descobre as oblações, retirando o véu que cobre o cálice e a hóstia, ainda não consagrados, e faz a oferenda do pão e do vinho, que vão ser consagrados, e cuja  substância vai ser consumida.
    Jesus é pregado na cruz.Jesus se torna presente no altar com as palavras da Consagração.
    Jesus é suspenso na Cruz, entre o céu e a terra.Como no momento da Elevação, na Missa.
    Jesus expira na cruz.O sacerdote parte a Hóstia, indicando, visivelmente, esta morte.
    Jesus é colocado no sepulcro.Na Comunhão, Jesus é recebido pelo sacerdote e pelos fiéis.
    Jesus ressuscita glorioso.A ressurreição é significada pelo lançamento de um fragmento da hóstia consagrada (o corpo de Cristo) no cálice que contém o sangue de Cristo, na hora em que o sacerdote diz a oração “ Pax Domini sit semper vobiscum”, fazendo cinco cruzes sobre o cálice e fora dele. O sacerdote pede o efeito desta vida nova através das orações após a Comunhão.
    Jesus sobe aos céus, abençoando sua Igreja.O sacerdote se despede dos fiéis e os abençoa.
    Jesus envia o Espírito Santo aos seus discípulos.
    No final da missa, é lido o início do Evangelho de S. João, que nos exorta a tornar‑nos filhos de Deus, dirigidos e movidos pelo seu Espírito, conforme estas palavras do apóstolo S. Paulo: "aqueles que são conduzidos pelo Espírito
    de Deus, são filhos de Deus" (Rom. 8, 14).
  4. Que relação há entre a Santa Missa e as palavras de Cristo na Última Ceia? Nosso Senhor instituiu, após a Última Ceia, a parte essencial das orações e cerimônias da Santa Missa.
     
  5. Quem estabeleceu as orações e cerimônias das outras partes?
    As orações e cerimônias das outras partes foram estabelecidas pelos apóstolos, pela Tradição e pela Igreja, que acrescentaram o que convinha à dignidade do Santo Sacrifício, em nada alterando o substancial da Instituição Divina.
Referências:
Extraído do Catecismo da Santa Missa
http://www.montfort.org.br/bra/documentos/catecismo/a_santa_missa/#top

Estrutura da Liturgia Eucarística - Completa
Ritos Iniciais
Canto de Entrada
Saudação
Ato Penitencial
(Kyrie, eleison - Senhor Tende piedade)
Glória
Oração (Coleta)

Liturgia da Palavra
1ª Leitura
Salmo
2ª Leitura
Evangelho
Homilia
Oração Universal (Profissão de Fé)

Liturgia Eucarística
Preparação das Oferendas
Lavabo
Oração sobre as Oferendas
Oração Eucarística
Prefácio
Epiclese
Narrativa da Ceia
Anamnese
Oblação
Intercessões
Doxologia Final
Comunhão
Pai Nosso
Rito da Paz
Fração do Pão
Procissão para a Comunhão
Oração depois da Comunhão

 Ritos Finais
Avisos
Benção
Despedida

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